Caso teve grande repercussão em todo o estado depois que um motorista, aparentemente com sinais de embriaguês flagrado pela PM de São José em um acidnete de trânsito, foi conduzido a delegacia e mais tarde morreu em uma cela com diagnóstico de infarto do coração.

Nesta terça-feira (12/8), a Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o inquérito policial que apurou as circunstâncias da morte de Cezar Mauricio Ferreira, ocorrida em 19 de julho de 2025, nas dependências da Central de Plantão Policial de São José como o jornalismo da TV Portal Grande Floripa mostrou aqui.
Segundo a Polícia Civil, em texto divulgado a imprensa nessa tarde de quarta-feira (13/8), “depois de uma apuração detalhada a investigação concluiu que não houve a prática de conduta criminosa — seja por ação, omissão ou negligência — por parte dos agentes públicos envolvidos no caso’, escreveu a assessoria da força de segurança.
Os laudos da Polícia Científica apontaram que a morte foi causada por uma arritmia cardíaca decorrente de uma cardiopatia hipertrófica preexistente. Exames complementares também detectaram no organismo do dentista a presença de analgésicos, antibióticos, relaxantes musculares e medicamentos para tratar diabetes, depressão e a própria condição cardíaca.
O texto continua informando que “o objetivo da investigação foi reconstruir os fatos de maneira imparcial e transparente. Para isso, todas as pessoas envolvidas foram ouvidas e foi garantido ao procurador da família acesso irrestrito aos autos. A conclusão foi solidamente embasada em depoimentos, documentos e, principalmente, em laudos periciais técnicos”.
De acoordo com as informações da PC “com base nos elementos informativos, a investigação não encontrou evidências de conduta típica dolosa (comissiva ou omissiva) ou na sua forma culposa, nem desvios operacionais que configurassem infração penal ou administrativa”.
O Delegado responsável pelo inquérito policial, Akira Sato, teve acesso aos laudos, tanto do momento que o corpo foi encontrado na cela quando o emitído pela Polícia Cienfíca de Santa Catarina cerca de dez dias após a prisão.

O primeiro documento não indicou nenhuma ação ou agressão fisica no corpo, mas nele não é possível concluir a causa da morte.
Já o segundo laudo pericial indica que a causa da morte foi “cardiopatia hipertrófica” e exames toxicológicos no corpo de Cezar não apontaram consumo de bebida alcoólica.
Isso contribui para o que a família de Cesar vem creditando o acidente em que ele se envolveu na noite de sábado. Segundo familiares Cesar teve um “mau súbito” decorrente da doença e acabou colindo na traseira de um carro, mas sem danos físicos, apenas materiais leves ao dois veículos.
Parentes do servidor público falam em omissão e negligência uma vez que em nenhum momento ele recebeu atendimento médico, o que segundo o advogado da família, poderia ter salvo sua vida.
Mesmo com todos os elementos o Delegado Akira Sato não responsabiliza nem os Policiais Militares, que atenderam a ocorrência, nem os Policiais Civis que receberam Cesar e o conduziram à cela onde o motorista foi encontrado morto horas depois.
O inquérito, que agora será remetido a justiça, “concluiu pela ausência de requisitos para tal medida, finalizando o inquérito sem o indiciamento dos envolvidos”.
Por: TV Portal Grande Floripa
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