Os desafios ligados à formulação de políticas públicas específicas para o samba e o carnaval foram o foco de um seminário que a Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa promoveu na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Florianópolis.

O evento, que reuniu agentes culturais e educacionais, lideranças políticas e acadêmicos, tinha como objetivo debater e construir políticas públicas de inserção, fomento, financiamento, formação e desenvolvimento da cultura do samba e do carnaval.

Para tanto, a programação contou com atividades em cinco eixos temáticos: Cultura e Educação; Políticas Públicas e Equipamentos Culturais; Plano Nacional da Cadeia produtiva do Carnaval; Organização Interna, Financiamentos Públicos e Privados; e Lideranças Regionais e Territorialidades.

Conforme o assessor parlamentar Cae Martins, que representava a deputada Luciane Carminatti (PT) no seminário, a proposta do grupo é que o Estado passe a compreender o carnaval não somente como uma manifestação cultural, mas também como uma atividade promotora do desenvolvimento econômico. “A gente precisa que o poder público olhe o carnaval também como um ciclo econômico, que gera emprego e renda, valorização das comunidades e seus territórios. Que oferta cultura para a comunidade, que traz o pensar da sua história, a construção de identidade, a indústria do lazer. Tudo isso está envolvido nesse grande ciclo do carnaval.”

Uma das principais reivindicações do segmento, conforme o historiador e antropólogo Marcelo Sete Cordas, é que o Estado brasileiro insira o carnaval entre os eventos que contam com apoio financeiro permanente. “Até hoje o carnaval não faz parte do orçamento da União. Ou seja, ainda vivemos como nas décadas de 1940 e 1950, à base de subvenções. E isso acaba criando um tipo de relação que não é legítima, ou seja, o tempo inteiro temos que tencionar com o Estado se é, de fato, necessário haver possibilidade do carnaval acontecer.”

Por: Alexandre Back

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