Mesmo com o Programa Se Liga na Rede da Casan muitas fossas em Florianópolis e São José não estão ligadas a rede de esgoto. Por não existit rede de saneamento ou por falta de interesse dos moradores.

Os dados mostram que mais de 40% das fossas em Florianópolis não são ligadas a rede geral. Em São José esse número é de 25,9%. Em linhas gerais o Superintendente do IBGE no estado, Roberto Kern Gomes, disse com exclusividade ao jornalismo da TV Portal José que houve avanços na última década, tanto na disponibilidade de água tratada como no esgotamento sanitário.  

O IBGE divulgou nesta sexta-feira (23), as informações relativas às Características dos Domicílios – Resultados do Universo coletadas no Questionário Básico da pesquisa, realizada em 2022 durante o Censo Demográfico. 

Os dados apresentam as características dos domicílios, com informações referentes à forma de abastecimento de água, destino do lixo, tipo de esgotamento sanitário, existência de banheiro ou sanitário e existência de canalização de água, permitindo uma caracterização de elementos importantes dos domicílios e das condições de vida da população. 

Em Santa Catarina o número de moradores em apartamentos cresceu em relação a pesquisa anterior, realizada no Censo de 2010. Por outro lado, o número de pessoas que vivem em casas caiu, em comparação ao Censo anterior. Em 2022 a pesquisa apontou que 77,2% dos domicílios são residências, enquanto em apartamentos são 21,8% da população. Os números absolutos apontaram queda de 8.8% do número de residências. Em 2010 eram 86%.  

Em comparação com 2010, quando eram cerca de 267 mil apartamentos, o Censo 2022 registrou um crescimento expressivo de pessoas que vivem nesse tipo de imóvel com 128,9%. O número de apartamentos era em 2010 267.113 e em 2022 esse número chegou a 611.339 unidades. Já em relação a casas passou de 1.713.656 no Censo anterior para 2.165.850 em 2022. Taxa de crescimento de 26,4%. 

Com o levantamento é possível afirmar que Santa Catarina tem a terceira proporção nacional de pessoas morando em Apartamentos (18,5%). Dos 7,6 milhões de catarinenses morando em domicílios particulares permanentes ocupados, 1,4 milhão (18,5%) moravam em apartamentos. 

Segundo o Superintende do IBGE, Roberto Kerns Gomes, que recebeu a equipe da TV Portal São José nessa sexta-feira (23) na sede do órgão em Florianópolis, o processo de verticalização acontece em várias regiões do país, tendo a cidade de Santos, no litoral paulista o maior índice seguido por Balneário Camboriú.  

Dados da Grande Florianópolis  

Verticalização: São José lidera

São José aparece com o maior percentual de moradores que vivem em apartamentos na Grande Florianópolis com 41,1% de quem vive na cidade. Seguida por Florianópolis com 38,6%, Palhoça 27,7% e Biguaçu com 22,2%. Em Santa Catarina esse número é de 18,5. O processo de verticalização ocorre quando as pessoas optam por morar em apartamentos do que em casas.  

Abastecimento de água: São José em Primeiro lugar da região

O município de São José tem o maior índice da região da capital com 98,1% de abastecimento de água tratada e encanada chegando até as residências. Tijucas aparece em segundo com 94,9% e Florianópolis com 94,1%. Em Santa Catarina o número de casas que recebem água tratada e encanada é de 83,8%. Nesse item no estado como no Oeste muitas casas têm poço profundo ou artesiano. São 7,5% desse tipo de consumo no estado.  

Canalização de água: Antônio Carlos é o primeiro

Dois municípios da Grande Florianópolis têm 100% de domicílios permanente ocupados com canalização de água tratada até os imóveis. São eles: Antônio Carlos e São Bonifácio. Nesse quesito a região está relativamente bem colocada. Dos municípios da região apenas São Pedro de Alcântara com 92,4% fica abaixo dos 99%. São José tem 99,5% e Florianópolis aparece com 99,7%. 

Esgotamento Sanitário 

Na Grande Florianópolis em relação ao destino dado pelos moradores ao seu esgoto sanitário, São João Batista vem em primeiro lugar com 97,3%, Tijucas em segundo com 97% e São José com 96,6%, Palhoça 96,5% e Florianópolis na quinta posição com 96%. No estado esse índice chega a 89,2%.  

Perigo de Contaminação 

Um dado preocupante em Florianópolis é que 40,9% da população tem fossa séptica ou fossa filtro não ligada a rede geral. Nesse caso pode ocorrer a contaminação dos solos e do lençol freático. Os dados ilustram muito bem a falta de saneamento básico público na Capital do estado. Em São josé 25,9% usam fossa séptica ou fossa filtro não ligada a rede geral, o que também chama atenção pelo mesmo problema da Capital, a contaminação. Em Santa Catarina esse número é de 35,7%.  

Ainda segundo o Censo de 2022 em relação ao esgoto em São José 51,5% descartam de forma correta na rede geral ou pluvial. Seguida por Florianópolis com 50,4%.  

Destino do lixo 

Quando o Assunto é coleta de lixo São José se destaca aparecendo em primeiro lugar na Região de Florianópolis com 99,9%, seguida por Florianópolis com 99,8%. Na região apenas três cidades aparecem abaixo dos 90%: São Bonifácio com 89,5, Alfredo Wagner, 78,2 e Leoberto Leal com 66,8%.  

Abaixo o vídeo gravado na sede da Superintêndencia do IBGE em Florianópolis com o ccordenador do órgão no estado.

Por: Beto Motta 

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