A mpox é uma doença chamada de zoonótica viral porque a transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e ainda materiais contaminados

Depois da Organização Mundial de Saúde (OMS) voltar a declarar na quarta-feira (14) Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), atualizou na quinta-feira (15) as informações sobre os casos de Mpox no estado. Segundo a nota o monitoramento ocorre desde 2022.
A iniciativa da OMS foi embasada no aumento do número de casos de Mpox em países africanos, associado a circulação de uma nova variante do vírus (clado Ib), com casos de maior gravidade, e a possibilidade de propagação para outros países.
Em Santa Catarina, os casos permanecem em estabilidade. Ao longo do ano foram confirmados 10 casos no estado, registrados em três municípios, sendo que o último caso foi notificado em 16 de maio. Metade dos infectados são de Florianópolis, quatro de Itajaí e um de Balneário Piçarras.
Morte em Santa Catarina
Em 2022, SC registrou 439 casos de mpox em 33 municípios e um óbito na cidade de Balneário Camboriú, de um paciente, de 23 anos, do sexo masculino e imunodeprimido. No ano seguinte, houve uma estabilidade no número de casos em todo o mundo e, no dia 10 de maio, a OMS declarou o fim da ESPII. Neste mesmo ano (2023), SC registrou 50 casos em 18 municípios. Mesmo com o encerramento da emergência internacional, a vigilância da doença permaneceu e casos continuaram sendo notificados e monitorados.
João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE, destaca que o aumento de casos da doença na África está sendo relacionado à descoberta de uma nova variante do vírus da Mpox, ainda não detectada nas Américas, portanto, neste momento, o estado permanece realizando o trabalho de vigilância e monitoramento de casos que já vem sendo executado desde 2022 e tem um entendimento que pode haver um aumento de casos também no Brasil e, consequentemente, em Santa Catarina.
“Temos uma vigilância estabelecida e um Plano de Contingência para a Mpox. Então, neste momento, vamos seguir o monitoramento, tendo em vista que em SC os casos permanecem estáveis, mas acendemos o alerta para possíveis casos importados e a introdução desta variante no Estado. Cabe esclarecer que os casos identificados até o momento no estado são de outra variante do vírus, que não é a mesma que está circulando nos países africanos neste momento”, finalizou o diretor.
Ainda, considerando a orientação do Ministério da Saúde, as amostras de casos confirmados de Mpox, serão encaminhadas pelo Laboratório de Saúde Pública (LACEN/SC) para o laboratório de referência, para sequenciamento e identificação da introdução desta variante no território.
Mpox
A mpox é uma doença endêmica em países da África Central e Ocidental. A transmissão de humano para humano ocorre por meio de contato físico próximo ou direto com lesões infecciosas ou úlceras mucocutâneas, inclusive durante a atividade sexual, gotículas (e possivelmente aerossóis de curto alcance) ou contato com materiais contaminados.
O que é a mpox
O período de incubação é em média de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias. Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, baixa energia e gânglios linfáticos inchados, seguidos ou acompanhados pelo desenvolvimento de erupção cutânea.
As pessoas devem permanecer atentas aos sintomas da doença, e na presença destes, buscar um serviço de saúde para atendimento e orientações.
Tratamento
Não há tratamento específico para a infecção pelo vírus da mpox. A atenção médica é usada para aliviar dores e demais sintomas e prevenir sequelas em longo prazo.
Fique atento à piora dos sintomas ou aumento da quantidade de bolhas e feridas no corpo, além de problemas nos olhos, como inchaço e conjuntivite.
Combate à desinformação
É falsa a narrativa que associa a mpox como efeito colateral de vacinas contra a covid-19. A infecção por mpox é causada por um vírus e não um efeito colateral de imunizantes. Repasse para os amigos e para a família que não existe a possibilidade de contrair a mpox, infecção viral, por meio da vacinação. Vacinas são seguras e criadas para combater e prevenir doenças.
Por: TV Portal Grande Floripa
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