Tanto pai quanto mãe da criança, de apenas dois meses de idade, estavam com mandado de prisão em aberto e no relato ela disse que dormiu e quando acordou o filho estava “roxo”.

Policiais Militares do 7º Batalhão, em São José, foram acionados por volta das 13h08m da ultima sexta-feira (27/6) para uma ocorrência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Forquilinhas onde, segundo o chamado, uma criança de dois meses de idade havia dado entrada sem sinais vitais.
O procedimento, acionar a polícia, é de praxe em casos assim, especialmente quando há suspeita de negligência familiar. O relato de uma das enfermeiras foi que “por volta do meio dia, deu entrada no local um bebê sem sinais vitais, e que juntamente à equipe tentaram reanimar a criança, porém sem êxito, atestando o óbito as 12h23, e que ao dar a notícia aos progenitores, estes não mostraram nenhuma emoção. Diante deste comportamento, foi acionada a Polícia Militar”.
Essas informações constam em relatório da Polícia Militar e que a reportagem da TV Portal Grande Floripa teve acesso nessa tarde de quarta-feira (2/7).
O documento trás não só o relato da profissional que atendeu o casal que levou a criança sem vida para a Unidade de Saúde, mas também dos militares que foram ao local do chamado.
Questionada a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de São José confirmou a ocorrência e que a criança “chegou morta. Nossa equipe cumpriu o protocolo e avisou a polícia“, dizia o texto enviado por whatsapp. A informação também confirmava que o caso ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Forquilinhas.
Os PMs informam que “a guarnição entrevistou a mãe da criança, uma mulher de 30 anos, a qual informou que amamentou seu filho às 10h e dormiu, e ao acordar, às 11h, viu que ele estava roxo e não se mexia, então o levou para UPA. Ao consultar o nome dos genitores junto ao sistema, constatou-se que ambos possuíam Mandados de Prisão em aberto. Por este motivo, ambos foram encaminhados ao presídio da capital”.
O corpo da criança ficou sob responsabilidade da equipe do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Científica e será submetido à perícia.
Os pais não devem ser responsabilizados, pelo menos até que a Polícia Civil tenha os elementos comprobatórios que indiquem possível negligência ou falha na tutela da criança.
O casal acabou preso, mas por outros crimes. Os dois estavam com mandado de prisão em aberto.