Na ação, da Polícia Militar Rodoviária, Ambiental e do 21º Batalhão de Polícia Militar, a SC 401 precisou ser fechada formando filas no local, operação terminou com carros apreeendidos e acusados de coordenar invasão presos.

Na manhã deste domingo, 15, a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), através do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM), atendeu a uma ocorrência de ocupação irregular em um terreno privado localizado às margens da SC-401, em Florianópolis. A ocupação é conhecida como Pepe Pereira e não foi a primeira vez que o grupo tentou invadir o terreno.
Ao chegar ao local, as guarnições das Forças de Segurança, identificaram a presença de aproximadamente 150 pessoas que haviam montado estruturas provisórias na área. A ação policial foi conduzida de forma coordenada e resultou na retirada pacífica dos ocupantes, que deixaram o terreno após serem devidamente orientados pelos policiais.

Durante a operação, foram detidos apenas os dois líderes do movimento, acusados de esbulho possessório e crime ambiental. O esbulho possessório caracteriza-se pela invasão de propriedade com o intuito de impedir o uso por seu legítimo proprietário.
Além disso, a operação resultou na apreensão de 16 veículos pertencentes aos invasores. Os veículos foram encontrados estacionados ilegalmente em uma associação localizada do outro lado da SC-401, onde também ocorreu uma invasão não autorizada.
A ação foi concluída de forma tranquila, sem resistência por parte dos envolvidos. O comandante-geral da PMSC, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, esteve presente no atendimento da ocorrência e destacou que a corporação reforça a importância do respeito às normas e à propriedade privada, mantendo-se atuante na prevenção e resolução de situações que comprometam a segurança e a ordem pública.

Comunicado por meio das redes sociais
Ainda nesse domingo, por meio de um Instagram, o grupo publicou um texto que a TV portal Grande Floripa publica abaixo na íntegra:
MANIFESTO DO POVO ORGANIZADO
Acampamento Pepe Pereira
Somos o povo organizado e declaramos que não aceitamos gastar mais da metade de nosso salário com aluguéis. Não é justo que um aluguel custe mais que o nosso alimento. Não suportamos mais ver nossas crianças com fome e ter apenas arroz com ovo todo final do mês. Na verdade, nenhuma despesa com o aluguel deveria ser maior que o alimento, a saúde, a educação, a segurança de nossas famílias.
Trabalhamos dia e noite para sobreviver e no final do mês a conta nunca fecha. Estamos cansados. Chega de moradias precárias que mais se parecem com cativeiros, queremos viver bem.
Em nosso bairros, as escolas são precárias, os nossos postos de saúde estão lotados e com poucos profissionais. Quantas horas a mais precisaremos ficar na fila esperando por atendimento? O ônibus é caro e sempre lotado. Quem pode acessar a cidade? Sobrevivendo assim, não temos direito nem ao lazer. Precisamos dar um basta no atual Plano Diretor de Florianópolis que beneficia somente grandes empresários e seus políticos enquanto somos expulsos da ilha pelo valor dos monstruosos alugueis.
Sabemos que não podemos esperar do Estado a solução para nossos problemas sociais. Tudo que hoje é um direito, um dia foi conquistado por nós trabalhadores. Muitos lutaram para termos o mínimo de hoje, como por exemplo, a garantia de uma folga por semana. Precisamos avançar. Por isso, devemos ocupar, resisitir e produzir uma nossa forma de moradia popular. Cabe a nós o povo organizado, reinvindicar na prática a melhoria das nossas vidas.
Se temos medo da violência do Estado? Não temos. Violento é não poder alimentar nossos filhos; Violento é passar frio por não ter aonde morar; Violento é a polícia que mata nossos jovens diariamente nas periferias; Violento é trabalhar incansavelmente só para sobreviver. Hoje é o fim de tudo isso. Escolhemos ter um futuro de luta. Escolhemos lutar em pé, a viver de joelhos. Não temos nada a perder, pois já vivemos com a falta de tudo.
Por: TV Portal Grande Floripa
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