O imóvel em Florianópolis, na confluência das avenidas Mauro Ramos e Hercílio Luz, foi construído nos anos 1950, inicialmente para ser um Mercado Público, mas logo teve seu uso principal alterado.
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O deputado Marcos Vieira, um dos deputados mais experientes da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, publicou nessa quarta-feira (26/03) um vídeo em suas redes sociais. Nele o deputado questiona o destino que será dado pela prefeitura ao antigo prédio da rodoviária de Florianópolis.
“Você sabia que a prefeitura de Florianópolis quer vender o antigo prédio que serviu de rodoviária aqui em Florianópolis e deixar construir um espigão aqui nessa região para complicar ainda mais o trânsito aqui na Avenida mauro Ramos e na avenida Hercílio Luz?”
Marcos Vieira continua o vídeo fazendo sugestões de destino da área como uma Praça Pública ou ainda uma rótula, que segundo o deputado poderia ajudar a dar mais fluidez ao trânsito local. Ele pede que o cidadãos e cidadãs de Florianópolis dêem sugestões para o destino do prédio. Para acessas o post de Marcos Vieira no Instagram e deixar sua indicação clique aqui.
Área nobre da cidade
O prédio, localizado na Avn Mauro Ramos, uma das principais vias de escoamento do trânsito na região central da cidade e que faz a ligação com a Beira Mar Norte de Florianópolis e de grande valorização imobiliária, está desativado totalmente desde o ano passado.
Ao longo dos anos a estrutura passou por um processo de deterioração, sem investimentos do poder público municipal e que culminou na desapropriação dos comerciantes e sua interdição.
Em 2015 a Associação de Comerciantes, representante das empresas que tinham sede no espaço, recebeu um golpe duro. Naquele ano a prefeitura entrou com pedido de reintegração de posse.
Foi quando, os comerciantes foram impedidos de vender, trocar ou fazer qualquer movimentação referente ao espaço. A penalidade era de multa no valor de até de R$ 20 mil.
Mas só em outubro de 2024, depois de indas e vindas na justiça, os primeiros comerciantes começaram a deixar o prédio.
Esse movimento de retirada total das empresas no espaço só terminou em 2024.
Interdição
Em agosto de 2024 a Juiza da da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital, Cleni Serly Rauen Vieira, determinou que a Prefeitura de Florianópolis fizesse os reparos necessários e que foram identificados em vistoria do Corpo de Bombeiros.
Na ação, impetrada pelo Ministério Público Estadual, o Promotor Daniel Paladino ,já havia pedido a interdição do prédio em virtude do iminente colapso na estrutura.
Ainda segundo o documento anexado ao processo, o prédio não possui atestado de funcionamento válido e o edifício tem somente a metade dos sistemas vitais de segurança contra incêndio.
Cerca de um mês depois de entrar com uma ação no judiciário e municiado com o laudo dos Bombeiros o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) encaminhou, uma recomendação à Prefeitura de Florianópolis para que o complexo do antigo terminal rodoviário da aven. Mauro Ramos fosse totalmente interditado. O documento ainda pedia que fosse avaliada a possibilidade de demolição do imóvel.
Projeto de leilão
O Movimento Traços Urbanos, grupo multidisciplinar que atua pela melhoria dos espaços públicos da cidade, lançou uma petição pública manifestando sua posição de contrariedade à demolição da edificação, defendendo a recuperação e a ressignificação da edificação para uso público.
A regional catarinense da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-SC) formalizou apoio à manifestação e assina a coautoria da petição, endereçada à Prefeitura Municipal de Florianópolis, à Procuradoria-Geral de Florianópolis, à Câmara de Vereadores de Florianópolis e ao Ministério Público de Santa Catarina. Clique aqui para acessar à petição.
Segundo apurou o jornalismo da TV portal Grande Floripa o interesse da Prefeitura Municipal de Florianópolis é a realização de um leilão do espaço para utilização dos recursos obtidos com a venda “para investimentos em áreas como saúde, previdência e outras áreas da prefeitura”, como informado em nota.
O projeto de lei para a autorização da venda do imóvel – PROJETO DE LEI N.º 19478/2025 – foi encaminhado à Câmara de Vereadores em fevereiro e tramita em regime de urgência, com prazo fixado em 19 de abril.
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