As diligências são em apoio à Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC

Na manhã desta terça-feira, 3 de setembro, em apoio à Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, o GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) e o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) cumpriram novas ordens judiciais expedidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) nas cidades de Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José. Ao todo, foram 10 mandados de prisões preventivas.
Após a deflagração da Operação Caronte, no dia 5 de agosto, as investigações foram concluídas pelo MPSC, com análise das provas e coleta de 38 depoimentos pelos integrantes dos Grupos GEAC e GAECO.
Os envolvidos foram, então, denunciados, no dia 20 de agosto, pelos crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão de serviço funerário na cidade de Criciúma.
O grupo, composto por empresários e agentes públicos, é demandado nos Autos n° 5050695-87.2024.8.24.0000, que tramitam sem sigilo no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Na primeira fase, foram presos 7 investigados. Com o cumprimento das prisões no dia de hoje, agora todos os 17 integrantes da organização criminosa encontram-se presos preventivamente. Os presos foram submetidos a exame de corpo de delito e levados para o sistema prisional, onde aguardarão audiência de custódia nos locais onde ocorreram as prisões.
Operação Caronte
Intitulada “Operação Caronte”, o nome faz alusão ao barqueiro de Hades (mitologia grega), que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas do rio Estige e Aquerante, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Aqueles que não tinham condições de pagar certa quantia, ou aqueles cujos corpos não haviam sido enterrados, tinham de vagar pelas margens por cem anos.
Quem são os presos

Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma; Juliane Abel Barchinski; servidora da secretaria de Assistência Social de Criciúma, Juliano da Silva Deolindo; advogado da secretaria de Assistência Social; Fábio André Leier, administrador de uma das empresas investigadas; Guilherme Mendonça, empresário de Jaraguá do Sul; Gilberto Machado Júnior, empresário de São José; Eduardo D’Avila, gerente de empresa; Luiz Henrique Cavali, gerente de empresa; Helio da Rosa Monteiro, empresário; e Henrique Monteiro, empresário.
Os crimes que teriam sido cometidos
As prisões foram decretadas, segundo despacho do TJ-SC, após “visível a existência de indícios de que os alvos estejam praticando” crimes contra ordem tributária, por abuso do poder econômico, e organização criminosa, conforme o despacho
O que dizem as defesas
Clésio Salvaro: O prefeito divulgou um vídeo que, aparentemente, foi gravado pouco antes de ele ser conduzido para Itajaí, onde deve ficar detido. Entre outras coisas, disse ele: “não há nada que possa me incriminar”. Ela ainda relatou que a regularização dos serviços funerários era um dos principais projetos dele na prefeitura.
Gilberto Machado Junior e Luiz Cavalli: Ambos são defendidos pelo escritório Ferreira & Schaefer Martins Advogados. O advogado Francisco Ferreira diz que ainda não teve acesso à decisão, mas que pelos fatos iniciais entende que não há contemporaneidade, o que não justificaria as prisões.
Fábio Leier e Guilherme Mendonça: São defendidos pelo advogado Hélio Brasil. Ele alega que não há fatos novos que motivariam a prisão, e que já há denúncia da primeira fase sem que houvesse mudanças no cenário da investigação.
Eduardo D’Avila: Os advogados se manifestaram em nota: “A defesa de Eduardo D’Ávila , exercida pelo casal de advogados Wiliam Shinzato e Marina Shinzato, informa que está analisando os fundamentos que motivaram a prisão e que está preparando o pedido de soltura”.
Clique aqui para ver a denúncia na íntegra.
Por: TV Portal Grande Floripa com informações da Assessoria MP/SC
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