Atualizado às 12h54m em 13/03/2024

A Assembleia dos Servidores Públicos Municipais de São José, como já divulgamos nessa terça-feira (12) foi realizada na Beira mar de São José reunindo um grande número de participantes. 

Funcionários da prefeitura de São José, ACTs e efetivos, se revezaram para dar suas opiniões, contrários ou favoráveis a greve na cidade. Os argumentos foram os mais diversos e ficaram em torno da terceirização nos serviços municipais, medo de represálias caso o atual prefeito se reeleja no caso dos ACTs até quem quisesse fazer a greve, mas temia que a legislação eleitoral vigente em 2024 pudesse retirar alguns benefícios da proposta vinda do executivo municipal, caso o prazo de negociação se estendesse para depois de 6 de abril. Segundo a lei eleitoral, depois disso existe empecilhos como reajustes acima da inflação do período. 

Vereadores na assembleia em São José 

Durante o encontro servidores puderam se inscrever para falar ao microfone, inclusive dois vereadores da cidade. Um deles que não faz parte do quadro funcional da categoria, André Guesser (PDT) e o outro, Mauro da Silva (PATRIOTAS), funcionário aposentado da prefeitura josefense se pronunciaram em plena Assembleia dos Servidores Municipais. 

Política ou não a verdade é que diferente de Florianópolis, onde a categoria deflagrou a greve nessa terça-feira inclusive deliberando hoje (12) também para sua continuidade não houve participação de vereadores ou liderança políticas. Apenas das lideranças sindicais do SINTRASEM.  

Em São José, o SINTRAM, Sindicato que representa os servidores municipais, autorizou a fala dos representantes da Câmara de Vereadores. O primeiro, Guesser não tem vínculo funcional com a prefeitura, ou seja, não está enquadrado como servidor.  

Guesser, inclusive deu um tom político em sua fala lembrando que apesar do atual prefeito Orvino Coelho de Ávila (PSD), ter continuado a contrações de empresas terceirizadas, foi no governo da ex-prefeita Adeliana Dal Pont (PL), que esse processo iniciou com a contratação da primeira Organização Social (OS) na cidade.  

Ele lembrou ainda que a lei eleitoral não permite após o dia 6 de abril ganho real acima da inflação nem outros favorecimentos, mesmo advindos de acordo com o executivo. Por isso, continuou Guesser, era necessário pensar bem se a categoria queria mesmo a greve, uma vez que as negociações com o Prefeito Orvino poderiam ultrapassar esse período e ser usado como argumento da prefeitura para não conseguir implementar um acordo em benefício dos servidores. 

O Vereador Mauro foi na mesma linha dizendo não saber se foi o “sindicato que demorou muito em responder ao prefeito ou se foi Orvino que usou a legislação eleitoral a seu favor como estrategia”, pontuou.  

Categoria disse não a greve 

A TV Portal São José acompanhou no local parte da Assembleia. As falas dos servidores já davam um indicativo que a categoria não deveria partir para embate com o Prefeito Orvino em ano eleitoral. Isso ficou claro quando um professor usou o microfone para fazer uma votação informal perguntando: Quem de vocês quer a greve? O que se viu foram poucos servidores levantando as mãos.  

Indignação da TV Portal São José com o SINTRAM 

Nós tentamos desde as 18h contato por telefone com a Assessoria do Sintram e com a sua presidente, Jumeri Zanetti, em vão. Mesmo visualizando no aap de mensagem, nenhum representante do Sindicato nos respondeu.  

Fica nossa indignação enquanto veículo de comunicação que tem um compromisso de levar a informação para o josefense que estava preocupado com a possibilidade de os serviços públicos serem afetados caso houvesse a confirmação da greve. Aliás preocupação legitima, uma vez que creches, postos de saúde e demais serviços públicos prestados pela categoria poderiam ser atingidos. Só por volta das 21h a Secretária Geral do Sintram/SJ, Graziele Justino, apareceu em um vídeo no Facebook do órgão, falando sobre o resultado da assembleia hoje e que não houve consenso para a greve neste ano. 

Com isso os servidores públicos municipais de São José acatam a proposta do executivo municipal referente a data base de 2024.  

Por: Beto Motta 

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