
Foram no mínimo 12 pessoas ouvidas inclusive o acusado Roberto Salun que teve a chance de se defender. A informação foi divulgada nessa sexta-feira (12) pela Polícia Civil de Florianópolis.
O ex-diretor do Procon de Santa Catarina, Roberto Salum, que ficou no cargo cerca de dois meses e acabou sendo exonerado no dia 30 de março depois de denunciais de assédio sexual e moral. prestou depoimentos nessa quinta-feira (11). A Polícia Civil finalizou a apuração optando pela abertura de inquérito policial contra o comunicador.
Denúncia que motivou a investigação
A única denuncia de assédio sexual até aqui foi registrada na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso da Capital. Nela uma mulher, que seria funcionária terceirizada do Procon Estadual relatou que durante uma agenda no Centro Administrativo do estado, Roberto Salun , mudou a trajetória do veículo onde estavam apenas os dois com o argumento de ter que ir a Palhoça. No meio do caminho ele parou o carro e a beijou, mesmo contra sua vontade ou permissão.
Roberto Salum tem negado essa conduta permissiva e sua defesa tem se baseado na sua vida ilibada de homem casado há quase 50 anos com a mesma mulher e pai de família.
Em sua defesa também ele fala de armação por ter denunciado, por meio de uma auditoria que solicitou logo quando assumiu o cargo, que demostrou um grupo que praticava corrupção no órgão.
Salum X Tiago Silva

Existe outra investigação por queixa crime contra a honra e intimidação sistêmica feita pelo também ex-diretor estadual do Procon, Tiago Silva, que foi alvo de um vídeo onde Salum faz acusações de desvio de dinheiro no órgão que poderiam chegar a 18 milhões de reais do Fundo de Reapalheramento de Bens Lesados (FLB) que é gerido pelo Ministério Público Estadual (MPE) (Veja o vídeo aqui e a nota de Tiago Silva rebatendo as acusações).
Contra Roberto Salum pesam ainda outras 16 denúncias enviadas a Ouvidoria do estado por funcionários do Procon que apontam suposta intimidação já que segundo os denunciantes Salum portava arma enquanto cumpria a função de diretor do órgão, em muitos momentos de forma ostensiva e de outras veladas. Por esse motivo também vai ter que explicar essa situação e responder pelo porte ilegal de ama, caso fique comprovado que ele não tem autorização para andar armado. Esse material foi incluído na mesma investigação que apura as acusações de Salun contra Tiago Silva.
Os inqueritos serão remetidos ao Ministério Público de Santa Catarina que vai decidir se vai ofertar ou não denúncia a justiça catarinense.
Michele Rebelo
Em mais um capítulo da saga Procon de Santa Catarina a delegada Michele Rebelo que atuava até então como Diretora de Polícia da Grande Florianópolis, lotada na Capital, assumiu a diretoria Estadual do Procon Santa Catarina. Ela foi exonerada do cargo na polícia civil para que pudesse assumir a função no órgão estadual de defesa do cidadão. Ela inicia na segunda-feira (15) a nova função no Procon. Michele chegou a dar algumas entrevista falando sobre o caso Salun no Procon e as denuncias quando as acusações vieram a tona.
Por: Redação TVPGF
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